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Universo Bloguístico






29 de outubro de 2009

Elas são o must

Redatoras de Merda. Da Elisa Quadros e valeria Semeraro. Aqui vale simplesmente mostrar um texto inteiro, pra que vc não resista a clicar e conhecer o blog, rápido.

“O tempo realmente muda tudo. A forma de pensar muda assustadoramente. Mais do que a bunda que murcha ou o peito que cai. Nasci apaixonada pelo meu pai e acho que ele por mim. Percebi pela quantidade de fotos minhas tiradas enquanto eu ainda não falava. Tenho imagens fortes na memória onde ele me leva para o parque, para andar de bicicleta, monta um painel com luzes e me deixa fazer uma festa na garagem sem aparecer por lá de hora em hora. Não fala com meus namorados, me ensina a dirigir aos catorze anos. Me mostra como fazer uma ultrapassagem segura, a como ser educada no trânsito, a como evitar problemas no carro. Sim, meu pai, meu herói. Acordava às 3 da manhã para me buscar onde quer que fosse. Dizia para não fumar e que deveria gostar de um bom vinho. Ou um bom uísque. Ou qualquer bebida que fosse de boa qualidade. Me deu um conselho que vale uma vida: viaje. Coisa que ele fazia com frequência. O que na época entendia como obrigações do trabalho, entendi que na verdade era uma forma de ficar longe de casa e da minha mãe.Minha mãe ficou muitas noites sozinha, comigo e com meu irmão. Nós dois pequenos numa cidade hostil. Ela ressentida pela ausência do meu pai, a gente tirando a paciência que ela não tinha mais. Tenho poucos momentos dela em minhas lembranças. Quase não temos fotos juntas. Ela dormia cedo e aos domingos me mandava entrar em casa às seis horas, na hora em que a brincadeira começava a ficar boa. Ordens, um monte delas. Minha mãe não descuidava nunca. Tudo no lugar, roupas, sapatos, dentes escovados, cama arrumada, livro lido, cabelo penteado, regras, regras, regras. Não havia diálogo, nem momentos risonhos. Era tudo em linha reta. Minha mãe passou por poucas e boas. Teve um marido infiel e boa parte do tempo, ausente. Perdeu um filho, passou a morar sozinha. Não se casou mais. Passamos por muitas crises. E as crises passaram por nós. Ainda não rimos tanto mas conversamos sabiamente. Ela lê, eu também. Ela vê bons filmes, eu também. Temos o que conversar. Ela entende as minhas dores, e ainda não consigo entender como ela conseguiu superar as dela. E assim temos longas conversas, o meu tom em desespero, o dela, preciso e calmo.Pai e mãe. Não sei como medir o amor por eles, mas existe. Tenho inúmeros motivos para amá-los. Mas nem isso impediu de mudar a relação que tenho com eles. De, com o passar do tempo, vê-los de maneira totalmente diferente. É justamente aí que mora o temor de jurar que ficarei com alguém para sempre. Não existe certeza mais imbecil do que essa. Não consigo entender como prometer algo que foge do seu controle por completo. Claro que já quis ficar com alguém até morrer. Mas isso hoje me parece o desejo mais estapafúrdio que alguém pode querer. Tudo muda, e não só a pessoa que está ao seu lado, mas aquela que mora dentro de você”.


Corra!

27 de outubro de 2009

Vamos enrolando esse fio!

Pense num blog bom, um blog do caralho, fodástico, útil, com template bonitão e o escambau. Pensou? Aqui está: O Fio e a Meada - historinhas de bastidores da não menos fodástica Claudinha Pantoja. Sou fã da mulher. Ela escreve muito! O blog nasceu há pouquinho tempo e fala de bastidores das notícias. Mas não quaisquer notícias.. não não não! Fala de Pagus, de Marias da Penha, Oswald de Andrade, Walter Salles Júnior ... Só coisa boa.

Sinta:
"Coitada da namorada do Herbert! Ela saiu com o vocalista do Paralamas do Sucesso, cheia de amor para dar, mas já na moto, a caminho do restaurante, ouviu um pedido nada gentil: ficar calada, sem dar um pio. É que Vianna estava com a letra e a melodia de "Laterna dos Afogados" na cabeça, qualquer distração maior e puf!, tudo estaria perdido. Assim que chegaram ao lugar, em Ipanema, o garçom veio anotar o pedido. "Papel e caneta, rápido!", exigiu Herbert, apressadamente. "Vai ser uma noite daquelas", provavelmente imaginou o pobre funcionário. Mal sabia ele, mal sabia ele..."

12 de outubro de 2009

No breu, palavras brancas a brilhar

Olhei e apaixonei. Não há muitas pistas lá, quase nada. Mas há uma escuridão pulsante, em encruzilhadas de palavras e sentidos, uma delícia. Se eu fosse um livro seria assim, também.

Aqui, de lá, o que mais adorei:

"Seja turista em sua própria casa / e fotografe, ainda que na retina / a cor e a inclinação do sol visto daquela esquina".