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Ela flerta com um jeito que mescla o meigo e o espontâneo com a magnitude da palavra. Fala com propriedade de temas que são aparentemente cotidianos, mas transbordam de cotidianeidade. Ela, Ana Cláudia Pantoja, jornalista de narrativa leve e com doses espetaculares de subliminar, adoça nosso paladar quase que diariamente em seu blog Café das Ilusões. O blog é novo, novinho em dígitos...
Curta um tantinho de lá:
"Quando eu era guria, adorava uma propaganda televisiva em que se via uma moça (ou seria um moço?) aplicando maquiagem sobre o rosto. Branco na face toda, vermelho nas pálpebras, rubro simulando um sorriso gigante: era um palhaço. Só que nem a carinha de clown escondia o desânimo estampado na face. Tristeza pintada de alegria.Daí, gentilmente, uma mão apresentava uma caneca. O palhaço provava o líquido, devagar. Ao tirar os olhos da caneca, ao erguer o olhar, ele também erguia a cabeça para o mundo, renascendo para a vida. No final, no cantinho da tela, aparecia a palavra “Nescafé”.Café, para mim, é isso"
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